O lançamento do Telescópio Espacial Webb, em dezembro de 2021, foi uma das notícias mais importantes para a astronomia nos últimos anos. Esse novo equipamento promete colher informações inéditas da galáxia, e vai ajudar muitos cientistas em pesquisas sobre o início do universo e outras teorias importantes. Além disso, o Webb chega para substituir o Hubble, que está no espaço desde 1990. Os dois possuem algumas semelhanças e grandes diferenças, afinal estão separados por mais de 30 anos, ou seja, são tecnologias bem distintas.
Entre as principais diferenças, como mostra o gráfico no artigo da Betway Insider, está o tamanho de ambos. O Hubble possui uma estrutura que lembra um trator grande, com 13,2 metros de comprimento e 4,2 metros de largura. Enquanto isso, o Webb ocupa o mesmo espaço que metade de um avião do modelo 747 da Boeing, isso significa que ele tem 22 m x 112 m. Ele é o maior telescópio espacial já lançado ao espaço pelo ser humano, e apenas isso já demonstra que esse novo equipamento promete colher muito mais informações que o antigo.
Outra disparidade está no posicionamento desses dois satélites, pois eles vão orbitar locais completamente diferentes. O Hubble está orbitando a própria Terra, a uma distância de apenas 570 quilômetros, e o Webb foi lançado para entrar na trajetória do Sol, ficando a mais de 1 milhão de quilômetro do nosso planeta. Essa diferença entre eles representa uma mudança muito grande no funcionamento, pois a coleta de dados será feita de pontos de referências distintos. Algo positivo, pois passamos os últimos 30 anos colhendo informações de grande importância apenas pelo Hubble.
A diferença de posicionamento também explica porque o alcance dos dois satélites é bem próximo, com o Hubble possuindo até maior capacidade nesse sentido. Enquanto o Webb enxerga até 13 bilhões de anos-luz, o equipamento lançado durante a missão STS-31 Discovery, no dia 24 de abril de 1990, consegue tirar fotos de 10 a 15 bilhões de anos-luz. Entretanto, por estar mais longe da Terra, o novo satélite acaba tendo uma capacidade de colher informações mais afastadas. Esses equipamentos são complexos, e essas comparações são importantes para entender a evolução da engenharia aeroespacial em todos esses anos.
Um telescópio histórico
Apesar de não ser mais o principal satélite no espaço, o Telescópio Espacial Hubble não será esquecido tão cedo pela astronomia. Os mais de 30 anos em serviço foram essenciais para a coleta de informações, e para uma verdadeira revolução em muitas teorias científicas. Além disso, por ser lançado nos anos 90, também serviu como referência para futuras missões da NASA. Muitas tecnologias dos ônibus espaciais, e também de telescópios, aconteceram devido ao desenvolvimento e de todas as operações envolvendo o Hubble.
O Dr. Steven Hawley, astronauta que realizou duas missões com o histórico satélite na época, relembrou do lançamento em conversa com a Betway, site de jogos de cassino online. Ele conta que atuou como engenheiro de voo, e acabou sendo o responsável por retirar o Hubble do compartimento de carga útil e soltá-lo no orbitador. Isso tudo foi feito com um braço de robô, algo que era bastante complicado na época, pois as tecnologias não eram tão avançadas como agora.
Hawley explica que não existiam softwares para impedir uma eventual colisão, então toda a responsabilidade para evitar um acidente era dos astronautas. Ele afirma que todo o procedimento foi tenso, pois não existe margem para erros. A boa notícia é que a missão foi realizada com sucesso, e o antigo astronauta da NASA, atualmente professor em uma universidade norte-americana, entrou para a história como uma das pessoas responsáveis pelo satélite mais importante dos últimos 30 anos.
Futuro com o Webb
O Telescópio Espacial Webb tem tudo para também entrar na história da astronomia, assim como da engenharia espacial. Afinal, o satélite possui tecnologias inovadoras que prometem colher dados que o Hubble não seria capaz. Isso explica algumas das diferenças entre as duas tecnologias, e como era necessário levar ao espaço um satélite de capacidade maior para os cientistas. Entretanto, vamos conhecer os resultados dessa missão apenas nos próximos meses e anos.
Esses dois equipamentos são essenciais para conhecer melhor a história da astronomia, e não se pode falar qual é melhor ou pior. O Hubble fez um trabalho muito importante desde 1990, enquanto o Webb está apenas começando a fazer a diferença no espaço.